Tristeza
Tristeza é um dos sintomas da depressão, porém não são sinônimos. Fala-se tanto em depressão que toda tristeza passou a ser vista como doença. Sentir tristeza vez ou outra significa que estamos vivos, é um sentimento inerente a condição humana, enquanto depressão requer tratamento. A tristeza acompanha um motivo, seja ele qual for, é importante e saudável para que a pessoa supere situações e aprenda com as experiências, no entanto é um sentimento momentâneo que não se prolonga por um muito tempo.
Depressão
A depressão é desencadeada por predisposição genética, fatores químicos (baixa produção de serotonina e dopamina pelo organismo) e ambientais (acontecimentos). Seu principal sintoma não é a tristeza e sim a queda da energia vital, acompanhada de pelo menos quatro outros sintomas como; apatia, falta de prazer pela vida, melancolia, vazio sem causa aparente, irritabilidade, insônia ou hipersonia, indiferença, sentimento de inutilidade, fadiga, diminuição da capacidade de decisão ou concentração, agitação ou retardo psicomotor, perda do desejo sexual, perda ou ganho significativo de peso, dores pelo corpo, isolamento e uma tristeza persistente que começa a interferir no cotidiano e na realização das tarefas diárias, atrapalha a vida pessoal e profissional e predispõe a diversos problemas de saúde.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a doença está entre as cinco principais causas de incapacitação para o trabalho. Os médicos estimam que 10 a 15% da população têm depressão ao menos uma vez na vida.
A pessoa deprimida sente-se infeliz na maior parte do tempo, mesmo sem motivo aparente e perde a capacidade de apreciar situações que antes lhe traziam prazer. A depressão envolve uma alteração do funcionamento neuropsíquico do cérebro, havendo um desequilíbrio dos neurotransmissores que regulam o humor, produzindo menos dopamina, serotonina e outras substâncias químicas que geram bem estar.
Dá se o nome de Transtorno Depressivo Recorrente quando o paciente tem crise de depressão de tempos em tempos, ou seja, de forma recorrente. É possível prever que esse paciente precisará de acompanhamento médico e psicológico por quase toda a vida, com breves interrupções quando está tudo sob controle.
Remédios contra a depressão
Lembrando que não se deve tomar medicamentos psiquiátricos por conta própria, porque um conhecido está tomando e se sentindo muito melhor, afinal o que funciona para um paciente pode não funcionar para outro, os organismos reagem de maneiras diferentes a uma mesma substância. E não interrompa medicamentos psiquiátricos por conta própria quando achar que já está bem e não precisa mais, pois no geral essas interrupções bruscas fazem mais mal do que nunca ter iniciado a medicação. Existe um efeito rebote, que seria o retorno dos sintomas, em alguns casos mais graves do que no início. Outro erro comum quando o paciente está em acompanhamento psiquiátrico, mas deixa o medicamento acabar antes de retornar ao médico e ter uma nova receita em mãos. Ficar alguns dias sem o medicamento também é muito prejudicial ao tratamento, os relatos costumam ser de mal estar físico e emocional.
Sobre a predisposição genética, não se pode afirmar que se sua mãe sofre de depressão, você também sofrerá. Porém é extremamente comum que um paciente depressivo cite um ou mais familiares que também são depressivos.
Psicoterapia e medicação
Sendo assim o tratamento requer psicoterapia e medicamentos com acompanhamento médico psiquiátrico. O acompanhamento psicológico auxilia o paciente a lidar com seus sentimentos, enquanto os medicamentos repõem as substâncias químicas que estão em falta. Atividades físicas fazem o corpo produzir naturalmente dopamina e serotonina, por isso são indicados não apenas para quem esteja deprimido como para todas as pessoas.
Da mesma forma como há aqueles que têm tratado tristeza como depressão e procurado tratamento medicamentoso para evitá-la, há também pessoas deprimidas que não procuram tratamento por preconceito ou até mesmo vergonha. Enquanto a tristeza nos proporciona crescimento, a depressão precisa de tratamento para que não comprometa a saúde física e mental do indivíduo. Quanto mais cedo a pessoa procurar ajuda de um profissional, melhores serão os resultados e mais fácil superar as crises.
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