Nos últimos trinta anos, nos deparamos com os computadores chegando para ficar em nossas vidas. Da mesma forma, com eles logo veio a internet e rapidamente as redes sociais também. Surgiram os celulares, que tornaram se pequenos computadores, que passam o dia todo em nossas mãos. Há pesquisas que indicam que tempo demais na internet tem relação com aumento da ansiedade e da depressão, mas que as redes sociais também têm efeitos positivos. No entanto, atualmente os distúrbios psíquicos afetam o bem-estar em escala jamais registrada na história humana.
Há pesquisas sugerindo que o poder de dependência das redes sociais é superior ao do cigarro e do álcool, acionando a mesma parte do cérebro que o jogo e o abuso de substâncias. Em outras palavras, largar o prazer efêmero dos “likes” e das interações é difícil mesmo nos casos em que os jovens se sentem mal.
O Instagram é o maior vilão, com muitas imagens produzidas e tratadas, estampando a perfeição e o impossível de atingir. Ele está relacionado a problemas de sono, “medo de estar por fora”, bullying, ansiedade, depressão, solidão e imagem corporal. O problema é mais evidente entre as meninas, que apresentam maior insatisfação com o corpo do que os meninos.
Porém, o outro lado é que mesmo com fake news, a internet ajuda a democracia e a circulação de informações, bem como as redes sociais colaboram para a sensação de comunidade, pertencimento e suporte emocional.
Toda nova tecnologia, sobretudo as ligadas à informação e à comunicação, gera inicialmente euforia e desconfiança. Sendo assim, jornal, rádio e televisão passaram por esses questionamentos também. Algumas pessoas acreditavam que eles provocariam o fim da leitura e a “idiotização” em massa.
Redes sociais: bom uso X mal uso
Um dos co-fundadores do Facebook, Sean Parker admitiu que a rede social funciona “explorando uma vulnerabilidade na psicologia humana”. Não há como negar que a ferramenta mudou de vez o comportamento humano. Os adolescentes estão gastando mais de 30 horas semanais na internet. São muitas horas de sedentarismo, de falta de troca de afeto tátil e de interação com a natureza. Em casos extremos, quando pessoas passam até 10 horas diárias em frente a uma tela, há forte incidência de anormalidades cerebrais. Além disso, há um enorme crescimento de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e prescrição de drogas como Ritalina.
Fique atento a forma como você usa as rede sociais; quando, como e com que frequência. Perceba quanto do seu tempo elas ocupam e como te afetam. Da mesma forma, observe seu estado emocional antes, durante e depois de usar suas redes sociais; estão gerando bem-estar ou angústia e ansiedade?
Acima de tudo, cuidado para não se expor demais, evite discussões polêmicas e não se compare; lembre-se que você está vendo a realidade editada, que as postagens são recortes positivos da vida das pessoas.