Estamos caminhando para o dia em que menina e menino serão criados sem distinção, demos largos passos nos últimos anos, mas ainda estamos em fase de transição. Dia em que meninos e meninas serão chamados para lavar a louça, em que não haverá meninas galinhas e meninos garanhões. Dia em que sensibilidade não será “coisa” de menina e em que os meninos serão tão estimulados quanto as meninas a desenvolver autonomia e independência dos pais. Será tudo de bom encontrar macacões de muitas cores para as bebês, não só rosa e lilás!
Há diferença entre menino e menina?
Existem sim diferenças biológicas entre meninos e meninas, inegável. Porém, no dia a dia nos deparamos muito mais com as consequências da diferença na forma de criar, algumas incoerências gritantes. Porque a mulher é vista como sexo frágil, muitas vezes pelas mesmas mães que criam seus meninos como frágeis? Para os meninos é um tanto confuso serem educados para: se defenderem na rua e não sofrerem por amor, porém não fazerem o próprio prato nem agendarem suas consultas médicas. Afinal o que se pretende? Uma aparente força recheada de fraqueza? Uma autonomia repleta de dependência?
De forma inconsciente, muitas vezes as mães criam seus filhos de maneira que não consigam nunca viver sem elas. O que não adianta, porque nesses casos o homem se casa e coloca a esposa no papel de nova mãe. No entanto, o ideal é que, conforme os filhos se tornem adultos, não precisem mais de seus pais, apenas queiram estar junto, relação essa mais saudável e prazerosa.
Atualmente, meninos que forem criados para serem “machos”, terão grandes dificuldades para estabelecer um relacionamento amoroso. Isso porque, estão em extinção as mulheres que aceitam relações com grandes desigualdades de gênero. Acima de tudo, os homens podem e devem ser muito mais do que apenas “machos”.
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