Dar limites às crianças é um assunto importante e constante nas rodas de conversa dos adultos. Fácil? Nem um pouco, porque é um processo que se inicia muito antes de uma situação pontual.
Ouvimos muitas vezes pessoas lembrando com nostalgia a forma como se criavam os filhos há décadas atrás, pois as crianças não questionavam e tinham medo dos pais. Os tempos mudaram sim, mas para melhor! Que bom que as crianças já estão com pensamento crítico, questionam e argumentam, além disso o ideal é que os filhos respeitem seus pais e não os temam. Chegamos então ao ponto, os limites são estabelecidos a partir do respeito construído entre pais e filhos. Como?
1- Diga sempre a verdade para que você tenha credibilidade.
2- O que fazemos serve muito mais de exemplo do que o que falamos que deve ser feito.
3- Respeite para ser respeitado e não grite se não quiser que gritem com você.
Limites na infância
Com bebês e crianças pequenas, a tendência a repetirmos a palavra “não” quinhentas vezes por dia é grande, mas se assim for feito ela perde totalmente o valor. As crianças começam a andar e mexer em tudo o que encontram pela frente, faz parte do desenvolvimento. Ao invés de desgastarmos a palavra “não”, devemos desviar a atenção delas na maior parte das vezes. E assim economizar o “não” para alguns momentos cruciais do dia.
Por exemplo, crianças adoram o controle remoto da tv e elas precisam saber que não podem mexer, então o “não” deve ser dito de forma clara, tom de voz firme, olhando nos olhos da criança. Porém além de ela estar descobrindo a palavra “não”, descobrindo o mundo, está também testando os limites, então provavelmente vai mexer no controle remoto muitas vezes por dia. Desvie a atenção da criança na maior parte das vezes, mostre um brinquedo, chame-a para brincar, puxe assunto e apenas uma ou outra vez no dia diga “não”, principalmente nos momentos em que a criança for insistente e a tentativa de desviar sua atenção não esteja funcionando.
…na adolescência
Quando os filhos chegam na adolescência, não adianta achar que vai impor limites a eles a partir daí. Nesta fase os pais precisam contar com a educação e os limites já dados anteriormente, bem como com a relação de respeito já construída. É o momento de se manter por perto dos filhos;
– Estimular que eles recebam os amigos em casa para que você os conheça. Não vale ficar junto com a turma como se fosse mais uma integrante e querer se envolver em todas as conversas. Basta recebê-los bem e deixo-los à vontade. Só de estar por perto você saberá o que seu filho e seus amigos pensam da vida, como eles se comportam e se relacionam.
– Estabelecer conversas mais de igual para igual, quase como bons “amigos”, onde vão sendo passados valores. O famoso “sermão” é ignorado pelos adolescentes, sentar e falar sobre os perigos das drogas e até mesmo fazer ameaças caso se envolvam com alguma droga é pouquíssimo eficaz. Nesta fase dos filhos, continuamos transmitindo valores a eles através de conversas despretensiosas. Por exemplo, “o fulano não sabe se divertir sem estar bêbado?”, “o ciclano nunca usou droga para se enturmar e sempre teve muitos amigos, o bom é que assim fez bons amigos, para a vida toda”.
Em suma, com autoritarismo não se chega a lugar algum, mas sim estabelecendo uma relação de respeito e confiança, desde os primeiros meses de vida do seu filho.
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