O suicídio
O assunto é delicado, triste e pesado, mas cada vez mais indispensável. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo, e essa é a segunda maior causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos de idade. E no Brasil, 32 brasileiros tiram a própria vida por dia, o equivalente a uma pessoa a cada 45 minutos. Esses muitos casos de suicídio não são divulgados pela mídia para evitar que se inicie uma onda de suicídios. Porém, como eles estão cada vez mais próximos de nosso convívio social, não é difícil que cada um de nós tenha ao menos uma história pra contar.
A adolescência por si só, já é um período delicado. Os hormônios estão borbulhando, o corpo está mudando rapidamente e a identidade está sendo formada. Além disso, há uma busca por pertencimento ao grupo e por ser aceito. No século XXI, os adolescentes passaram a encarar todos os desafios desse período da vida, mas com um grande complicador a mais, o advento da internet e das redes sociais. O bullying, que sempre existiu, mas ainda não tinha esse nome, antes se limitava a um espaço geográfico, como a escola, o prédio ou o clube frequentado. Com a internet, o bullying não se encerra com o fim do dia de aula por exemplo. Sendo assim, a gozação continua acontecendo até mesmo nas férias, no grupo de WhatsApp da escola, no Facebook, Instagram, Twitter e Snapchat.
A adolescência e suas insatisfações constantes
Estamos mais do que nunca na era do “parecer” e não do “ser”, ostentando centenas de amigos contabilizados pelas redes sociais, mas contando com quantos na vida real? Postando alegrias nem sempre reais e mensurando o quanto somos queridos através do número de curtidas e comentários nos posts. Uma geração que se estressa e se frustra fácil, de jovens que parecem eternamente insatisfeitos. Muitos sendo criados com o pensamento de que participar das tarefas da casa é “favor”, exaustivo e postergado ao máximo.
Uma geração que sofre as consequências de ter tudo e não sentir falta de nada, de não ter que batalhar para conquistar, que sonha alto, mas não quer se esforçar para alcançar. Não querem começar a trabalhar se for pra ganhar pouco, não visitam avós e passam horas e horas fantasiando no mundo irreal do Instagram. Não elogiam e apontam defeitos em comentários nas redes sociais. Acreditam que são muito cobrados. Entediam-se, mesmo trocando de escola, de curso, de parceiros e de amigos, nada e nem ninguém preenche. Enquanto reclamam de quase tudo, consomem o salário dos pais. Não lavam suas cuecas/calcinhas, não busca conhecimento, nem espiritualidade. Não se encantam com com as coisas simples da vida. Reivindicam direitos e desconsideram os deveres. Estão inertes, acomodados e não assumem a responsabilidade de viver, de se mexer e traçar seu caminho.
As dificuldades dos pais de acessá-los
Blindam se da interferência dos pais com artifícios tecnológicos, bloqueando os e assim postam livremente; fotos e textos em que se expõem excessivamente e até mesmo imagem de auto mutilação… Isso mesmo, cortam o pulso, fotografam e postam. Então seria um pedido de socorro? Ou seria uma forma de chamar a atenção e ganhar likes? Uma coisa é fato: não estão bem! Não estão fazendo a menor ideia de como ficar bem!
Então vamos ajudá-los?! Busque terapia para o adolescente que você tem em casa. Ele pode resistir inicialmente, mas com certeza irá curtir ter um tempo e espaço só seu, para falar e ser genuinamente ouvido, para se conhecer e se cuidar.
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